domingo, 31 de março de 2013

INFORMAÇÃO: SARESP 2012


ESCOLA ACUSADA DE FRAUDAR SARESP VÊ NOTA CAIR  DE 9,3 PARA 2,6
Do UOL, em São Paulo
3103/2013

A escola que ficou conhecida por ter fraudado o Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) em 2011, alcançando na época a maior nota do Estado (9,3), teve um desempenho três vezes pior na avaliação de 2012.
É o que revelam os dados do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), divulgado nesta quinta-feira (28). O índice mostra a real situação da Escola Estadual Reverendo Augusto da Silva Dourado, em Sorocaba (95 km de São Paulo). A nota média dos alunos do 5º ano do ensino fundamental em português e matemática foi 2,63.
A escola modesta localizada em um distrito industrial da cidade, cercada por ruas de terra e casas humildes, foi alvo de um esquema fraudulento revelado pelos pais dos alunos. Eles acusaram os professores de ajudar os estudantes e até mesmo responderem algumas questões no Saresp.
O resultado do Idesp determina se os funcionários e professores da escola vão receber bônus salariais. De acordo com a política de meritocracia do Estado, quanto melhor o desempenho dos alunos, maior o bônus.
Segundo relato de uma aluna, os melhores da turma teriam respondido mais de uma prova: "Eles terminavam rápido e faziam a prova de quem faltou". Tudo teria ocorrido com a conivência dos fiscais convocados para acompanhar a avaliação.
Graças ao esquema, ocorreu um fato inusitado: todos os 27 alunos que fizeram a prova tiveram nota 10 em matemática. Em 2011, a média foi de 2,42 pontos nessa disciplina e 3,58 em língua portuguesa.
Investigação
Na época, os pais dos alunos já alertavam que a realidade da escola era outra. O resultado da unidade no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgado meses depois pelo governo federal, confirmou a distorção: nota 4,8.
Em um primeiro momento, a Secretaria Estadual de Educação chegou a negar as irregularidades, mas depois abriu processo disciplinar contra professores e funcionários, que respondem a processo sigiloso movido pela PGE (Procuradoria Geral do Estado).

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